31 de dez. de 2012
2012
Pertence à este ano uma despedida de um laço tão bem amparado, perfeito porém desfeito, difícil de entalhar. Um beijo permanente acompanhado de conversa ligeira, bem afiada. De uns tempos em que éramos universo quântico, as histórias do Leste europeu, uma alma do Oriente, viagens, tons pastéis, canções americanas e palavras específicas. Os segundos de todos os nossos minutos perderam o passo, afrouxaram nosso abraço. Se deram, assim como se dão, no antes.
16 de dez. de 2012
pausa permanente
Ser parte do mal feito tem suas maldições: seus poemas são roucos, frouxos, fracos. Sua pele é pouco, seus olhos são mornos, sua boca seca. Mesmo que sua ânsia seja mais, o contorno do corpo é rígido, a alma é muda, a mente é fraca, os olhos ardem.
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